A Vida, o Universo e Tudo Mais

Não sei exatamente quanto tempo que fiquei pensando no que deveria ser um bom começo para um primeiro post regular, mas não foi pouco. “Olá galerinha" seria muito TV Globinho; "Fala ae, truta" seria definitivamente tosco e "Seja bem vindo ao meu mundo", ultrapassado e não-verdadeiro. Por fim, pensei que escrever para uma suposta "galera" era fugir bastante da realidade, até porque talvez ninguém vá ler isso, sabe? Então, para que boatos da minha insanidade mental não comecem a se espalhar, digo que escrevo isto de mim para mim mesmo — o que seria de mim se não fosse eu? — e se alguém ler, tô no lucro. E este foi um começo deveras diferente, e proporcionalmente mais sincero, de todos os que eu havia pensado anteriormente.

"42 :3". Essa foi a resposta de um amigo quando eu o enviei, pelo Formspring, uma daquelas perguntas meio enigma matemático (-q), e — embora eu não soubesse e até hoje não sei a reposta —, eu sabia que 42 não podia estar certo. Então eu fui lá, olhei fundo nos olhos dele — mentira, foi pelo MSN — e perguntei:
"Por que diabos 42?"
"Nunca leu O Guia do Mochileiro das Galáxias?", foi a resposta-pergunta dele.

Er... não?

O nome não me era de todo estranho, mas eu realmente não lembrava —e não lembro — onde o tinha visto/ouvido. Curioso, joguei o nome no google — como geralmente acontece quando quero saber sobre algo sem demonstrar minha ignorância para ninguém. Afinal, embora 50% do conteúdo da internet seja a mais pura sacanagem, há muito conhecimento a ser aprendido por ali. Do google para a wikipédia foi só um clique.

Dando uma olhada rápida no artigo, a primeira coisa que me chamou
a atenção foi a imagem que está aqui ao lado, cuja legenda era "42, a resposta para a pergunta fundamental sobre a vida, o universo e tudo mais". Eu franzi o cenho ao ler isso. E bom, estava resolvido o mistério sobre o número 42, contudo, me vi lendo o artigo com certo interesse e, como tem acontecido com certa frequencia, bateu a vontade louca de ler o livro. E lá fui eu dar uma olhadinha no PDL, que é "uma grande biblioteca virtual com livros grátis, quadrinhos, revistas, audiobooks e muita cultura" e lá encontrei o e-book.

O Guia do Mochileiro das Galáxias conta a história de Arthur Dent, um típico inglês que um dia acorda com sua casa prestes a ser demolida, descobre que um de seus melhores amigos é um extraterreste e, se não bastasse, descobre que a própria Terra está prestes a ser demolida por um povo estranho e mal-encarado chamado vogons. Bom, já deu pra ver que o cara não é lá muito sortudo. Eu ainda tô no comecinho do livro, mas já estou gostando imensamente. O livro tem um talento incrível de me fazer soltar umas cinco risadas de incredulidade por minuto. Putz, é muito, muito engraçado, e altamente doido. Os díalagos são tão... improváveis. Há trechos que, inclusive, parecem ser narrações dos sonhos mais esquisitos que eu jamais ousei ter - eu certamente nunca sonhei com centenas de macaquinhos peludos querendo falar comigo sobre uma adptação de roteiro de Hamlet. Ah! Hoje eu tava lendo o livro no meio da aula de matemática e... má idéia: tive um ataque de riso enquanto lia um certo parágrafo e me vi cercados por olhares do tipo "você é pirado?". Talvez seja. Enfim, me deu vontade de voltar a ler, então vou saindo daqui. Eu queria falar mais, mas acho que isso aqui já está suficientemente grandinho. Lembre-se: NÃO ENTRE EM PÂNICO!

Dedico este post ao Guto, esse cara dupal que me apresentou o livro. Taí um mingo que sabe onde guarda a toalha. (dupal: cara muito incrível; mingo: cara realmente muito incrível.)

Aye!


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