Silêncio errante de uma figa!

Percebo um problema gravíssimo em minha pessoa, o qual temo, se não solucionado o mais breve possível, acabará por me tornar um velhote molengo a morrer solitário em uma cadeira de balanço com um livro de Harry Potter nas mãos.

Sim. Sim. Sim.

Por deveras preocupante, eu sei. Eu sei.

O problema a que descrevo, é esse, e não outro: A minha tendência a ficar calado quando devo falar e abrir a boca quando se deve ficar quieto.

Talvez te surpreenda eu ficar surpreso com tal descoberta a qual muitos declarariam ser nada mais do que óbvia desde o início dos tempos, mas o fato é que sempre me orgulhei do meu silêncio contemplativo. Fato. Aprendi muita coisa assim, capita? Ouvindo as pessoas falarem suas palavras brutas e pesadas e guardando minhas observações em minha humilde cabeçorra sobre o pescoço, respondendo, ao invés, com um “uhum” ou um sorriso-amarelo-não-muito-amarelo-a-ponto-de-ofender.

Mas agora preciso ser sincero comigo mesmo. Quando eu deveria de fato pensar duas vezes antes de por em sonora voz minhas palavras refinadas e rudes, vou lá e coloco a boca no trombone. Transformando em palavras pensamentos temporários dos quais me arrependerei no segundo a seguir.

Me pego pedindo desculpas a uma frequência assustadora.

É temível.

Assustador.

Sim, de fato, o é.


E fim.

A pior parte dessa porra toda

O pior de tudo, acho, é não saber ao certo como me sentir.

Quero dizer, isso é amor, luxúria, porra nenhuma? O que eu quero são os beijos, seu corpo? Sim, isso eu quero. Mas e seu carinho? Sua atenção? Eu... acho... que... sim...

Mas o que isso significa? Porra!

O pior é não saber, sim.

Abre um espaço para suposições. E a minha mente tende a me trair.

Maldita Imaginação

Maldita imaginação.
Que te condena a acreditar em mundos fictícios e pessoas mais fictícias ainda. Que te faz pensar que aquilo pode sim, vir a acontecer, contra todos os sinais, contra todos os motivos.
Que te faz imaginar os diálogos que deveria suceder os minutos de silêncio contemplativo, com aquela pessoa que — hilário! — você gostaria de ter.
Que coloca sorrisos bobos em sua face, ao rever lembranças e colori-las com cores que, observe, nunca estiveram ali.
Que te faz sangrar quando para de te sustentar e você cai de cara na realidade fria e monocromática do chão.
Mas no fim, ela é tudo o que te resta, e você continua a injetá-la em suas veias, como o bom viciado que é. —— Claudio Pereira



O Mal dos Livros

Às vezes acho que devia ler menos.

Universos novos com o passar de páginas é, sem dúvidas, algo muito atraente, mas... Não sei. Leitores costumam pensar demais, filosofar demais, criar expectativas demais. Amam o inalcançável, acreditando que, como nos livros, nada é tão inalcançável assim. Mas a vida real é escrita por um autor complexo demais para esperar por desfechos clichês... e esperar pelo impossível machuca para valer.

Mas dane-se. Vou ler.

Elementar

O texto a seguir é o prólogo de um livro, atualmente engavetado, que certa vez comecei a escrever. Os personagens apresentados não devem ser os protagonistas, mas acabei ganhando certo gosto por eles. O texto é incompleto - nunca voltei a escrever. O final seria temporário. Apesar de tudo, é bastante extenso.

Clique em "Mais informações" para ler.

Vilão ou mocinho?







Er.. não, não vou falar do Damon.

Sempre me considerei um mocinho.


O que eu quero dizer, é que, se minha vida fosse uma novela (às vezes parece), sempre achei que seria um cara bonzinho. Talvez não... hum... contrastante (?) o suficiente para ser o sofredor-mor que depois se dá bem — o protagonista —, mas talvez um dos amigos dele, que tal?

O que é morbidamente estranho, afinal, a vida é minha.

Enfim...

O que eu tava me perguntando mesmo é: Será que há alguém que não se vê como mocinho nessa bagaça?


“A história nos mostra inúmeros exemplos de pessoas convencidas de que estavam fazendo a coisa certa e cometeram crimes terríveis por causa disso. Tenha em mente, Eragon, que ninguém pensa em si próprio como um vilão, e poucos tomam decisões que julgam ser erradas.”
Oromis (Eldest, Chrtopher Paolini)



Tharã.

Este pra mim é um dos trechos mais memoráveis de Eldest. Que me fez ficar pensando...

Então... se um ladrão rouba o meu celular, pra mim ele é um puta vilão criminoso. Mas ele pode achar que faz isso pra, sei lá, sobreviver. Vai vender meu celular pra comprar feijão pra família. O que, como personagem, meio que poderia lhe dar um papel de protagonista numa novela qualquer por aí.

Eu seriamente tenho que parar com essa analogia com novelas...

Hum... não estou nada profundo, logo esse texto fica um tantão superficial, mas me deixa com a pergunta:

Eu sou mesmo tão bonzinho assim?

Acho que não, hein.

Cuidado comigo, rapá. Vai que eu te meto a faca acreditando que isso é uma atitude digna?

UAHSUAHSUHUAS

Ficamos assim. Beijo.

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