Silêncio errante de uma figa!

Percebo um problema gravíssimo em minha pessoa, o qual temo, se não solucionado o mais breve possível, acabará por me tornar um velhote molengo a morrer solitário em uma cadeira de balanço com um livro de Harry Potter nas mãos.

Sim. Sim. Sim.

Por deveras preocupante, eu sei. Eu sei.

O problema a que descrevo, é esse, e não outro: A minha tendência a ficar calado quando devo falar e abrir a boca quando se deve ficar quieto.

Talvez te surpreenda eu ficar surpreso com tal descoberta a qual muitos declarariam ser nada mais do que óbvia desde o início dos tempos, mas o fato é que sempre me orgulhei do meu silêncio contemplativo. Fato. Aprendi muita coisa assim, capita? Ouvindo as pessoas falarem suas palavras brutas e pesadas e guardando minhas observações em minha humilde cabeçorra sobre o pescoço, respondendo, ao invés, com um “uhum” ou um sorriso-amarelo-não-muito-amarelo-a-ponto-de-ofender.

Mas agora preciso ser sincero comigo mesmo. Quando eu deveria de fato pensar duas vezes antes de por em sonora voz minhas palavras refinadas e rudes, vou lá e coloco a boca no trombone. Transformando em palavras pensamentos temporários dos quais me arrependerei no segundo a seguir.

Me pego pedindo desculpas a uma frequência assustadora.

É temível.

Assustador.

Sim, de fato, o é.


E fim.

A pior parte dessa porra toda

O pior de tudo, acho, é não saber ao certo como me sentir.

Quero dizer, isso é amor, luxúria, porra nenhuma? O que eu quero são os beijos, seu corpo? Sim, isso eu quero. Mas e seu carinho? Sua atenção? Eu... acho... que... sim...

Mas o que isso significa? Porra!

O pior é não saber, sim.

Abre um espaço para suposições. E a minha mente tende a me trair.

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